31 de julho de 2015

Tipos de personagens - quem é meu personagem?

No episódio de hoje de "tipos de personagens", vou falar sobre quem é o personagem que jogamos em roleplay.

Quando estamos fazendo as quests do jogo, é comum ver personagens importantes como o Thrall, o Anduin, a Silvanas ou até mesmo a Alextrasza interagindo com nosso personagem. Faz parte das quests, e a intenção das quests é justamente colocar o personagem imerso na história.

Quando estamos jogando em grupo, os NPCs (personagens do jogo, não jogaveis) nos tratam individualmente, como se fôssemos os únicos ali. Mas espera um pouco, não era um grupo ali? Pois é, já tem algo errado por ai...

Quando estamos lidando com outros personagens, não há como considerar que Thrall conversou com todos os individuos da Horda e da Alianca combinados. Thrall pode ser bom, mas ele não é tao bom assim. E mais, para personagens importantes, somos apenas um heroi dentre muitos. Então, durante uma sessão de RolePlay, seremos um entre muitos.

Pense que seu personagem é, a principio, um "ninguem". Ou seja, ele não é conhecido como o grande heroi da derrota de Archimonde usando o poder de Nordrassil. Ele poderia estar presente ali? Poderia sim, mas como mais um dos que estavam em combate. Isso é o mais importante para qualquer personagem. Ele faz parte de um todo e, como parte, ele não é ninguem especial sozinho.

Lembra na história do Vol'jin quando ele falou sobre o irmão perdido dele? Ou então sobre as lendas do irmão gêmeo perdido de Arthas? Pois é, você não lembra porque eles não existem. Entao seu personagem não poderia ser alguém tão próximo a personagens importantes. Afinal, certamente Lordaeron teria alguma informação sobre este gêmeo perdido.

Quer inserir seu personagem no mito de Warcraft? Segue uma dica: escolha um personagem menos importante, mas com algum nome. Que tal a elfa que dá as quests iniciais de sacerdote em Teldrassil? Ou talvez aquele estalajadeiro na área inicial em Mulgore seja um amigo de infancia do seu Tauren. Não vai ser algo apelativo, e estes personagens não são centrais em quest ou historia nenhuma, entretanto, eles fazem parte do universo do jogo. Resolvido?

Não? Ainda quer ser o gêmeo malvado de Baine? Ok, pode ser, mas prepare-se para encontrar mais outros 16 irmãos gemeos, 32 primos próximos, 14 namoradas e 273 avôs do atual lider dos Tauren. Afinal, se voce pode ser tão importante, por que outros não podem ser? A propósito, fale para Baine que eu mandei um abraço. Claro que ele sabe quem sou eu, eu sou o tio dele, o irmão perdido de Cairn.

Entenderam a ideia? Cuidado ao criar um personagem que esteja muito conectado a um NPC importante. Voce não será o único, e ainda tem que considerar a razão pela qual nenhum NPC e nenhuma história do jogo citou você em algum momento. Boa sorte para explicar isso e ainda ser aceito entre outras pessoas que tambem estão fazendo RP ao seu redor.

Isso vale, em extensão, para os eventos. Elfos e Draeneis possuem a vida consideravelmente longa (alguns são imortais), mas mesmo assim não tem como ele ter defendido Teldrassil, derrubado o Lich King, matado Deathwing, salvado Orgrimmar das mãos de Garrosh, derrotado Garrosh, salvado Nefarian, aberto o Portal Negro até Outlands, ficado lá por anos, voltado, encontrado Pandaria, fechado o Portal Negro novamente, derrotado de vez Garrosh e ainda voltado a tempo de tomar o café da manhã. Mesmo os grandes herois nao estiveram presentes em todos os eventos (exceto Thrall, mas seu personagem não é o Thrall).

Escolha alguns eventos importantes para participar, mas lembre-se que experiências muito intensas podem ser (e geralmente são) traumáticas. Seu personagem poderia ter pesadelos ainda com a aparição de Mannoroth quando os orcs tomaram seu sangue. Não medo, afinal, ele é um orc, mas ele poderia se lembrar disso e lembrar da maldição que tomou seu corpo, e de vez em quando, ter pesadelos com isso. Certamente é algo importante na vida do seu personagem, certo?

Lembre-se sempre da principal regra do bom RolePlayer: use o bom senso. E bom jogo!!

20 de julho de 2015

Sobre a matéria do Fantástico, 19 de julho de 2015

Assisti à matéria do Fantástico de 19 de julho de 2015, e vou começar falando que os dados estão corretos. A forma que foi apresentada é que é o problema. Vamos analisar um pouco a matéria.


O título da matéria já apresenta termos fortes: prostituição e pedofilia. Fala de cartões clonados também e, quem já passou por isso, sabe que é uma dor de cabeça. Eu já tive meu cartão clonado, e realmente é algo muito ruim para o lado lesado.


O início da matéria começa falando dos jogos como se fala sobre outras coisas. Se trocar “jogos online” por “bebida”, “balada”, “trote telefônico” a história permanece a mesma: começa inofensivo, mas tem gente que não consegue parar.


Olhem agora: tem gente. Esta é a chave da história. Se for analisar os dados do final da matéria (e notem que eles NÃO citaram a quantidade de pessoas jogando!), fica um pouco claro que o número de pessoas que passa por problemas (de vício à conduta imprópria) é pequeno. O jogo em questão, por exemplo, tem milhares de pessoas. E ainda assim, não acharam nem dez pessoas para entrevistar, mesmo garantindo a privacidade. É uma porcentagem muito pequena que passa por problemas, mesmo se resolvemos decuplicar o número de pessoas com problemas, ou seja, se eu extrapolar e falar que existem 50 pessoas com problemas, ainda não é significativo para milhares de pessoas. E isso estamos falando de apenas um jogo. E nem o mais famoso deles. Por que empresas como a Riot, Level Up! Games ou a Blizzard não apareceram na matéria? Não é por temer o Fantástico, mas por saber que o que iriam apresentar é tendencioso, se não falacioso.


Existe este problema? Sim, existe. A culpa é do jogo? Não. O jogo online é a ferramenta que a pessoa que está com problemas usa para “resolver” seu problema. Se não fosse o jogo online, seria uma rede social, bebidas ou qualquer coisa coisa. Não adianta tirar o jogo de quem está com problemas, pois essa pessoa vai procurar outra saída. Precisa resolver o problema da pessoa. Jogar a culpa do comportamento de alguém em um único dos aspectos da vida deste alguém é minimizar o problema e ignorar completamente a pessoa e sua causa.


Algumas informações sobre mim, para quem estiver com a pergunta “quem é este cara, ele não sabe o que está falando”.


  • sou pai
  • sou jogador de jogos online há, pelo menos, 10 anos
  • trabalho no mercado de jogos há 10 anos
  • jogo jogos eletrônicos há quase 30 anos, com a presença (e eventual participação) do meu pai


A questão não é tirar o jogo do seu filho: é tirar seu filho do problema que o aflige. Seja um pai (ou uma mãe) para seu filho, não um inimigo dele. E, acima de tudo, desconfie das matérias que ler ou assistir: a intenção de quem está apresentando os fatos é sempre subjetiva.

18 de julho de 2015

E começa a série de tutoriais!

Estreando a página de tutoriais, que eu coloquei ali em cima, do lado direito, o tutorial do Addon Total RP3.

Um addon imprescindível para quem faz RolePlay no WoW, pois tem muitas funções. Tem até como fazer um NPC falar!

Bom, só para quem tem o addon instalado, mas já é uma ferramenta muito boa para interpretação.

Dêem uma olhada, e deixem suas opinões.

Tentarei deixar os tutoriais o mais atualizados que puder.

o/

17 de julho de 2015

O que é RP? O que é WoW? O que é um mendigo?

Bom, como primeiro post, terei que começar  com algumas explicações. Mas estou assumindo que, se você leu o nome do blog e veio até aqui, deve fazer o mínimo de ideia do que é WoW e o que é RP, ou RolePlay. Mas vamos lá!

Tio Lobo, comece por WoW. O que é esse "uou"?

Um dos maiores jogos de MMORPG já feitos, e um dos mais antigos e ativos. Baseado no popular jogo de estratégia Warcraft, é um mundo de temática medieval fantástica, baseado (como muitas coisas desta temática) em Senhor dos Anéis. Os livros, não os filmes. Mas os filmes são legais. (;

A base da história está no embate entre duas grandes facções, a Horda e a Aliança. Ambos possuem suas razões e sua história para estar em combate eterno entre si, mas com diversos momentos de trégua por conta de inimigos em comum.

E qual você gosta mais? Aliança ou Horda? Horda, né?

Não, não é a Horda. E também não é a Aliança. Eu não tenho uma facção favorita, pois ambas as histórias são muito interessantes. Tive épocas mais focadas em uma, mais em outra, mas nunca tive uma favorita. E, depois, isso é uma questão bastante pessoal.

Tá, tá, não pergunto mais. E esse tal de RolePlayGame?

Em uma tradução livre, é Jogo de Interpretação. É como brincar de teatro (com o devido respeito aos profissionais de teatro, claro!), onde os envolvidos interpretam papéis fictícios em um ambiente também fictício.

No caso do World of Warcraft (doravante chamado de WoW), o ambiente é o ambiente do jogo, e os papéis são os dos personagens que o jogador controla. Se você criou um humano paladino, então você irá interpretar um humano paladino.

Mas RP não dá exp nem iLvl. Que inútil!

Não, interpretar não dará status ou vantagens no jogo alguma. Exceto no sentido de diversão e imersão. O jogo é rico em história, e eu acho que é um desperdício jogar isso tudo fora por status dentro do jogo. Mas é a minha opinião, e não vale nada se você não concorda comigo.

Mas, sabe o mais legal? Fazer RolePlay dentro do WoW não vai atrapalhar sua evolução no jogo. Não vai tirar nada do personagem, exceto alguns slots no banco para guardar roupas diferentes para o personagem. Então é possível fazer RP e ter um personagem ativo em raids, PvP, endgame... RP não exclui nada do jogo.

Bom, era isso aí, para começar. Como sempre, se tiver dúvidas, pergunte. Responderei sempre que possível.

Nos vemos em Azeroth! o/

Introdução

Saudações, RolePlayers!

Em primeiro lugar, sejam bem vindos ao blog. Estou ainda ajustando alguns detalhes, então não me xinguem muito enquanto altero o layout para ficar de leitura mais agradável, pois os textos aqui serão longos.

Quão longos, tio Lobo?

Então... Quem faz RolePlay geralmente está acostumado a ler. Então, se você fez esta pergunta, talvez seja bom acostumar a ler, pois é inevitável. Afinal, interpretar envolve histórias, e boas histórias não possuem poucas palavras, certo?

Tá bom, eu vou ler, então. Mas o que terá aqui?

Bom saber que está disposto a ler. Aqui pretendo trazer tópicos que vejo distutido em guildas de RolePlay, especialmente no servidor Goldrinn, que é onde se encontram a maioria dos RolePlayers em servidores nacionais. É, de certa forma, nosso servidor RP informal.

Algumas coisas que planejo incluem tutoriais sobre ferramentas ingame ou addons, história (lore) de raças e classes, personagens interessantes, entrevistas com líderes de guildas RP no Brasil, etc.

Legal heim? Tenho como participar ou ajudar?

Qualquer ajuda é bem vinda, claro. Mas, no momento, a melhor ajuda que posso receber é de divulgação do blog e perguntas. Façam perguntas, que eu tentarei responder o mais rápido e claramente possível.

Então é isso.

Sintam-se em casa, não coloque os pés (ou patas) no sofá, e boa leitura!